Itaparica: uma Ilha encantadora e abençoada por Deus
Por: Adilson Fonsêca
Ela é o coração da Baía de Todos os Santos, a maior e mais exuberante baia no Brasil e a segunda maior do mundo. Com seus 239 quilômetros quadrados, está a apenas 13 quilômetros de Salvador, e de tão próxima, que muitos a confundem como parte da própria capital baiana, tal a sua história, seus costumes e as belezas naturais, que fazem do local o paraíso dos baianos e dos turistas, que a elegeram como o principal refúgio não só durante o verão, mas também durante todos os demais meses do ano.
De ferry boat, cuja viagem demora uma hora, ou de lancha, cujo tempo de viagem não excede os 30 minutos, a Ilha de Itaparica é, na verdade, a junção de dois ju8nicíupios, Vera Cruz, e o seu homônimo, separados apelas pela faixa de asfalto da BA-001, que atravessa toda a ilha e leva aos municípios do Baixo Sul e Recôncavo. Isso permite que as visitas possam ser feitas tranquilamente, com retorno ao final da tarde, cabendo apenas a escolha de que lado da ilha se pretende conhecer primeiro.
Descoberta pelo navegador português, Américo Vespúcio, Itaparica era ocupada pelos índios tupinambás, que ali deixaram uma herança cultural diversificada que é desfrutada até hoje no folclore e na gastronomia. São 35 localidades com os mais diversos atrativos, que constituem os dois. A ocupação europeia deu-se a partir de um pequeno núcleo de povoamento fundado por jesuítas na contra costa em 1560, onde hoje se localiza a vila de Baiacu – então denominada Vila do Senhor da Vera Cruz. Foi nessa localidade que foi erguida a primeira obra de engenharia hidráulica da colônia: uma barragem para o suprimento de água potável para a povoação.
Emancipada de Salvador em 1831 e, posteriormente, em 1962, foi desmembrada em três Itaparica, Vera Cruz e Salinas das Margaridas, a Ilha de Itaparica é cercada por recifes de corais, denominados “Recifes das Pinaúnas”, que se prolonga de Bom Despacho até a localidade de Cacha Pregos. Est ligada a Salvador pelo sistema de travessia por ferry boat, e por lanchas, que saem de Salvador, e por terra, a partir do seu extremo sudeste (Estreito do Funil), pela ponte João das Botas, na BA-001.
Itaparica
Para quem chega da ilha vindo de Salvador, o município de Itaparica fica à direita da BA-001, sentido Nazaré e Valença. Fica de costa para Salvador e voltada para o interior da Baía de Todos os Santos. A cidade é a única estância hidromineral à beira-mar das Américas. Sua água é carbonatada e sulfatada com boa dose de ácido carbônico, teor de radioatividade na fonte a vinte graus Celsius de 0,82 maches. Tem poder digestivo e diurético.
A cidade de Itaparica teve sua fama inicial como balneário de repouso e de saúde devido às suas bonitas praias e à sua água mineral que jorra da Fonte da Bica, localizada dentro da cidade, na costa oeste. Mas além dessa atração, outro ponto bastante visitado é a Praia do Forte, com águas calmas e quentes cuja faixa de areia possui pouco mais de 200 metros de extensão. Ela se rivaliza com a Ponta do Mocambo, praia localizada na parte oriental da ilha, de propriedade do governo da Bahia. Em Itaparica as principais vilas são: Itaparica (sede do município), Ponta de Areia, Amoreiras, Manguinhos, Porto Santo, Bom Despacho e Gameleira.
Conjunto Histórico – O Conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Itaparica é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e é formado pelas Igrejas de São Lourenço(1610), Matriz do Santíssimo Sacramento(1794), e Capela Nossa Senhora de Bom Despacho (1580); a Fortaleza de São Lourenço(1631), e os Solares Dey Rey (Monsenhor Flaviano 10) e Tenente João das Bottas, casas na ruas Luís da Grâ e no Campo Formoso além da Fonte da Bica.
Praias – São oito praias com características de balneabilidade semelhantes, mas com belezas específicas: Praia da Ponta da Areia, Praia da Ponta do Mocambo Praia, Praia do Forte, São João de Manguinhos, Praia de Amoreiras, Praia da Canoa do Limo e Porto dos Santos.